• “Queremos a tecnologia como meio para combater desigualdades, gerar emprego e estimular o empreendedorismo”


    O ministro de Estado para a Coordenação Económica anunciou quinta-feira, dia 12 de Junho, em Luanda, que o país registou em Abril do ano em curso um total de 74 subscritores por cada 100 habitantes.
    José de Lima Massano anunciou o facto quando discursava na abertura da 5.ª edição do Fórum Internacional de Tecnologias – ANGOTIC/2025, em representação do Presidente da República, João Lourenço.
    O ministro de Estado considerou este registo um "crescimento extraordinário", comparando com dados de 2002, altura em que se começou a sentir o impacto dos novos operadores de telecomunicações no mercado, onde somente um em cada 130 habitantes era subscritor dos serviços de telefonia móvel.
    Segundo dados divulgados pelo Ministério das Telecomunicações, Tecnologias de Informação e Comunicação Social, até Setembro de 2023, o país registava cerca de 24 milhões de subscritores móveis, o que corresponde a uma taxa de penetração próxima dos ,70%, mas apenas 28 por cento têm acesso à Internet.
    Conforme avançou o ministro de Estado, apesar dos muitos desafios que o país enfrenta a nível das TIC, o compromisso do país com o desenvolvimento tecnológico é firme.
    José de Lima Massano disse que o Programa de Expansão e Modernização das Comunicações, constante do Plano de Desenvolvimento Nacional 2023-2027, tem promovido uma agenda digital com objectivos claros.
    Segundo o governante, constam do plano a expansão da conectividade a todo o território nacional, modernizar os serviços públicos, estimular o empreendedorismo tecnológico, garantir a cybersegurança e a soberania dos dados e preparar as novas gerações para os desafios da economia digital.
    José de Lima Massano lembrou que no percurso de 5 décadas que o país completa, no ano corrente, várias etapas foram percorridas no que diz respeito às políticas, regulação, capacitação humana e tecnológica.

    O ministro de Estado enfatizou que o país tem vindo a investir na modernização dos serviços públicos, na expansão da conectividade digital em todo o território nacional, na capacitação técnica dos jovens e na criação de um ecossistema propício à inovação, colocando a tecnologia ao serviço das pessoas.
    A expansão e modernização das infra-estruturas de suporte nas componentes terrestre, submarina e espacial é outro bom exemplo do desenvolvimento tecnológico e partilha.
    Conforme avançou, a rede em fibra óptica cobre uma parte significativa do território nacional, interligando capitais provinciais e os principais municípios do país, permitindo igualmente a conexão dos países vizinhos, Zâmbia, RDC, Namíbia e Congo, ao sistema de cabos submarinos que atracam em Angola.

    Revolução digital
    De acordo com o ministro do sector, o mundo vive uma revolução digital sem precedentes, porquanto a Inteligência Artificial, a computação em nuvem, a Internet, o 5G, a Web3 e a computação quântica estão a trazer alterações relevantes às economias e às formas de viver e trabalhar, prometendo um futuro com alterações cada vez mais rápidas e transformacionais.
    Com isso, pronunciou, sob o lema “50 Anos a Comunicar, a Modernizar e a Desenvolver Angola”, a quinta edição do Fórum Internacional de Tecnologias de Informação e Comunicação de Angola ANGOTIC 2025 acontece no ano em que Angola celebra 50 anos de Independência Nacional, prestando uma homenagem ao percurso do país na construção de um Estado moderno e conectado, mas também reiterando o compromisso e ambição com um futuro assente na inovação e na inclusão digital.
    Neste dinâmico contexto de desenvolvimento tecnológico, frisou, o ANGOTIC constitui uma expressão viva do compromisso do Estado angolano com a modernização e com a criação de oportunidades reais para todos os cidadãos.
    Para o ministro, o fórum é mais do que uma vitrine de inovação, é uma chamada à acção, à colaboração e à construção de soluções tecnológicas que respondam aos desafios concretos da governação electrónica, à inclusão produtiva, à cibersegurança e à educação digital.
    "Queremos a tecnologia como um meio para combater desigualdades, gerar emprego, estimular o empreendedorismo e garantir serviços públicos mais eficientes e acessíveis", finalizou.

    Fonte: Jornal de Angola.